O Livro de Abraão/Acusações de plágio/Thomas Dick

< O Livro de Abraão‎ | Acusações de plágio

Revisão em 18h24min de 27 de junho de 2017 por FairMormonBot (Discussão | contribs) (Robô: Substituição de texto automática (-{{etiqueta PR}}\n +))

Índice

Joseph Smith plagiou o livro The Philosophy of a Future State, de Thomas Dick?


Pergunta: Poderia a teologia de Joseph Smith como descrita no Livro de Abraão ter sido influenciada pelo livro de Thomas Dick, "The Philosophy of a Future State"?

Esta crítica foi promovida por Fawn Brodie, que sugeriu que Joseph Smith desenvolveu a teologia descrita no Livro de Abraão lendo The Philosophy of a Future State

Esta crítica foi promovida por Fawn Brodie, que sugeriu que Joseph Smith desenvolveu a teologia descrita no Livro de Abraão lendo The Philosophy of a Future State, de Thomas Dick. Um trecho da obra de Dick foi publicado por Oliver Cowdery emLatter Day Saints’ Messenger and Advocate em Dezembro de 1836,[1] portanto, poderia supor que Joseph teve acesso ao livro no período de 1835-1836, durante o qual o Livro de Abraão estava sendo produzido. O livro de Dick também estava na posse do Profeta em 1844, momento em que ele doou seu exemplar à Biblioteca e Instituto de Literatura de Nauvoo. [2]

Sabe-se também que dois dos livros de Dick estavam disponíveis na Biblioteca de Manchester, [3] Embora ninguém da família Smith fosse na verdade membro da biblioteca, era improvável que tenham tido acesso a seus recursos.[4] Com base nesta evidência circunstancial, Brodie não só assume que o Profeta deve ter lido o livro, mas que ele incorporou idéias de Dick ao Livro de Abraão.

Muitas ideias promovidas por Thomas Dick eram crenças protestantes comuns e, portanto, disponíveis sem ter que ler a obra de Dick

Muitas ideias promovidas por Thomas Dick eram crenças protestantes comuns e, portanto, disponíveis sem ter que ler a obra de Dick. Joseph Smith nunca fez quaisquer declarações públicas ou por escrito, indicando que ele estava ciente ou que ele já tinha lido o livro de Dick. A única evidência que sugere mesmo a possibilidade é circunstancial e baseia-se no aparecimento de várias passagens de A Philosophy of a Future State em Latter Day Saints’ Messenger and Advocate. Mais importante, Joseph Smith rejeitou ou desmentiu muitas idéias apresentadas por Dick em A Philosophy of a Future State. Portanto, é improvável, contrário à especulação de Brodie, que Joseph havia "recentemente lido" o trabalho de Dick e que causou uma "impressão duradoura" sobre o Profeta.[5][6]


Pergunta: Como os conceitos teológicos de Joseph Smith se relacionam com os de Thomas Dick?

Uma comparação e contraste de vários dos conceitos teológicos de ambos, Joseph Smith e Thomas Dick

Thomas Dick era um ministro religioso nascido na Escócia, escritor, astrônomo e filósofo, cujas obras publicadas no início de 1800 tentavam conciliar a ciência com o cristianismo. Dick acreditava que "a mente e a matéria" eram os dois princípios básicos do universo.[7] Dick acreditava que Deus era "uma substância espiritual não composta, não tendo nenhuma forma visível".[8] O motivo da existência da matéria é permitir que a mente seja capaz de se concentrar em Deus através da observância de suas criações.

De acordo com Dick:

Pois o Criador ordenou, como uma parte de seus prazeres mentais, que serão equipados com os meios de detecção do método de suas operações, e os desígnios que se pretendem realizar nos diferentes campos da natureza.[9]

A seguir, uma comparação e contraste de vários dos conceitos teológicos de ambos, Joseph Smith e Thomas Dick.

Conceito Thomas Dick Joseph Smith
Criação Nada alem daquela Eterna Mente que conta o número das estrelas, da qual os chamou a partir do nada à existência, e organizou-lhes nas respectivas estaçõe...[10] Agora, peço a todos que me ouvem, por que os homens aprenderam que estão pregando a salvação, dizem que Deus criou os céus e a terra do nada? A razão é que eles são inscientes nas coisas de Deus... [11]
Inteligências O Criador não tem nenhuma necessidade de inúmeros conjuntos de mundos e de fileiras inferiores de inteligências, a fim de garantir ou ampliar a sua felicidade. Inúmeras eras antes do universo ser criado, ele existia sozinho, independente de qualquer outro ser, e infinitamente feliz na contemplação de suas próprias excelências eternas.[12] Eu habito no meio de todos eles; agora, portanto, desci até ti para anunciar-te as obras de minhas mãos, pelas quais minha sabedoria supera todos eles, pois reino nos céus acima e na Terra abaixo, com toda a sabedoria e prudência, sobre todas as inteligências que teus olhos viram desde o princípio; desci, no princípio, no meio de todas as inteligências que viste.

Ora, o Senhor mostrara a mim, Abraão, as inteligências que foram organizadas antes de o mundo existir; e entre todas essas havia muitas das nobres e grandes; (Abra. 3:21-22)

Natureza de Deus uma substância espiritual não composta, não tendo nenhuma forma visível[13] O próprio Deus já foi como somos agora, e é um homem exaltado, entronizado em céus distantes![14]
Habilidade para compreender Deus Mas a eternidade, a onipresença e onisciência da divindade, são igualmente misteriosas; pois eles são igualmente incompreensíveis, e devem permanecer para sempre incompreensíveis para todas as inteligências limitadas.[15] É o primeiro princípio do evangelho conhecer com certeza o caráter de Deus, e saber que podemos conversar com ele como um homem conversa com outro, e que ele já foi um homem como nós; sim, que o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou em uma terra.[16]

Notas

  1. Oliver Cowdery (editor), "ON THE ABSURDITY OF SUPPOSING THAT THE THINKING PRINCIPLE IN MAN WILL EVER BE ANNIHILATED," (December 1836) Latter Day Saints' Messenger and Advocate 3:423-425. (An extract from "Thomas Dick's Philosophy of a Future State.") It should be noted that the November 1836 date given for this article given by Brodie in No Man Knows My History on page 171 is incorrect.
  2. Kenneth W. Godfrey, "A Note on the Nauvoo Library and Literary Institute," BYU Studies 14, no. 3 (1974) off-site
  3. Robert Paul, "Joseph Smith and the Manchester (New York) Library," Brigham Young University Studies 22 no. 3 (1982), 333–356.
  4. John Brooke, The Refiner's Fire (Cambridge University Press, 1994), p. 207.
  5. Hugh Nibley, No, Ma'am, That's Not History: A Brief Review of Mrs. Brodie's Reluctant Vindication of a Prophet She Seeks to Expose (Bookcraft: 1946). off-site
  6. Jones, pp. 94-6.
  7. Edward T. Jones, The Theology of Thomas Dick and its Possible Relationship to that of Joseph Smith, Master's Thesis, 1969, p. 27.
  8. Thomas Dick, The Philosophy of a Future State (New York: R. Shoyer, 1831) p. 188.
  9. Dick, p. 212.
  10. Dick, p. 192.
  11. Joseph Fielding Smith, Teachings of the Prophet Joseph Smith (Salt Lake City: Deseret Book, 1977) p. 350.
  12. Dick, p. 52.
  13. Dick, p. 188.
  14. Smith, p. 345.
  15. Dick, p. 183.
  16. Smith, p. 345.