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Diferenças entre edições de "O Livro de Mórmon/Tradução/Urim e Tumim"
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− | Joseph Smith | + | Joseph Smith usou tanto os Intérpretes Nefitas quanto sua própria pedra vidente durante o processo de tradução, mas ouvimos falar somente do "Urim e Tumim" sendo usado para este propósito. |
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− | + | # Os registros indicam que logo após o estabelecimento da Igreja em 1830, o Profeta parou de usar as pedras videntes como um meio regular para receber revelações. Ao invés disso, ele ditava as revelações após inquirir ao Senhor sem o emprego de nenhum instrumento externo. | |
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− | + | O Senhor proveu um conjunto de pedras videntes (as quais foram usadas anteriormente por profetas Nefitas) junto com as placas. O termo Intérpretes Nefitas podem referirem-se tanto às pedras em si quanto às pedras em conjunto com seus acessórios (o arco e o peitoral). Algum tempo depois da tradução, os primeiros santos notaram similaridades com as pedras videntes e os acessórios relacionados usados pelos Sumo Sacerdotes no Velho Testamento e começaram a usar o termo Urim e Tumim permutavelmente com os Intérpretes Nefitas e as pedras videntes de Joseph Smith. O agora popular uso do termo Urim e Tumim tem, infelizmente, obscurecido o fato de que todos estes instrumentos pertenciam à mesma classe de auxílios revelatórios sagrados e que mais de um foi usado na tradução. | |
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+ | Os Intérpretes Nefitas visavam auxiliar Joseph no processo de tradução inicial, ainda que a maneira pela qual eles foram empregados nunca foi explicada em detalhes. O fato de que os Intérpretes Nefitas eram colocados em arcos lembrando um par de óculos tem levado alguns a acreditar que eles eram usados como tal, com Joseph vendo os caracteres nas placas por eles. Isto, no entanto, é meramente uma especulação que não leva em conta que Joseph logo desmontou o conjunto porque o espaçamento entre as pedras videntes era grande demais para seus olhos. O peitoral que acompanhava o conjunto parecia também ter sido usado por um homem maior que ele. Assim como seu equivalente Bíblico (o peitoral do Sumo Sacerdote contendo 12 pedras que simbolizavam ele sendo o mediador entre Deus e Israel), o peitoral Nefita aparentemente não era essencial para o processo revelatório. | ||
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− | + | Muitas testemunhas oculares confirmam que Joseph usou sua pedra vidente durante parte do processo de tradução. Martin Harris afirma que Joseph usou os Interpretes Nefitas e depois mudou para a pedra vidente "por conveniência". <ref>{{CHC | vol=1|start=128|end=129 }} "[Martin Harris] said that the Prophet possessed a Seer Stone, by which he was enabled to translate as well as with the Urim and Thummim, and for convenience he sometimes used the Seer Stone."</ref> De fato, Elder Nelson refere-se ao uso da pedra vidente em um discurso de 1993: | |
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− | + | Os detalhes deste miraculoso método de tradução não são completamente conhecidos. Mas temos alguns pensamentos preciosos. David Whitmer escreveu: | |
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− | + | "Joseph Smith colocava sua pedra vidente em um chapéu e levava o chapéu ao rosto, colocando-o bem perto para eliminar a luz, e na escuridão a luz espiritual brilhava. Um pedaço de algo parecendo pergaminho aparecia, e nisto aparecia a escrita. Aparecia um caractere por vez, e embaixo dele sua interpretação em inglês. O Irmão Joseph lia a interpretação em Inglês para Oliver Cowdery, que era seu principal escriba, que então o escrevia e repetia para o Irmão Joseph para ver se estava correto, e então o caractere desaparecia, e outro aparecia com sua interpretação. E assim foi o Livro de Mórmon traduzido pelo dom e poder de Deus, e não por nenhum poder dos homens". (David Whitmer, An Address to All Believers in Christ, Richmond, Mo.: n.p., 1887, p. 12.) <ref>{{Ensign1|author=Russell M. Nelson|article=A Treasured Testament|date=July 1993|start=61}}{{link|url=https://www.lds.org/ensign/1993/07/a-treasured-testament?lang=eng}}</ref> | |
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− | + | Parece também que a pedra vidente era por vezes chamada de "Urim e Tumim", indicando que o nome poderia ser designado para qualquer instrumento usado para o propósito de tradução. <ref>Stephen D. Ricks, ''The Translation and Publication of the Book of Mormon'', Featured Papers, Maxwell Institute, Provo UT. {{link|url=http://publications.maxwellinstitute.byu.edu/fullscreen/?pub=937}}</ref> | |
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− | |resumo= | + | |resumo=Este artigo procura examinar o método de tradução do Livro de Mórmon da perspectiva de um membro comum, não acadêmico e fiel, do século 21, levando em conta tanto o que se é aprendido na Igreja quanto o que pode ser aprendido com os registros históricos que agora estão facilmente disponíveis. O que sabemos? O que deveríamos saber? Como um membro Santo dos Últimos Dias fiel poder reconciliar relatos aparentemente conflitantes do processo de tradução? Uma análise das fontes históricas é usada para nos prover um maior e mais completo entendimento da complexidade que existe nos primeiros eventos da Restauração. Estes relatos vêm tanto de fontes fiéis quanto infiéis, e algum ceticismo deve ser empregado ao escolher aceitar algumas das interpretações oferecidas por algumas destas fontes como fato. No entanto, uma análise destas fontes provê uma visão ampliada, e as respostas para estas perguntas fornecem um olhar esclarecedor sobre a História da Igreja e sobre a evolução da história do processo de tradução. Este artigo foca primariamente nos métodos e instrumentos usados no processo de tradução e como um Santo dos Últimos Dias fiel pode vê-los como evidência da veracidade do Evangelho restaurado. |
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|assunto=Cronologia dos métodos de tradução | |assunto=Cronologia dos métodos de tradução | ||
− | |resumo=Temos | + | |resumo=Temos vários registros do processo de tradução sob a perspectiva de várias testemunhas contemporâneas que viram o Profeta enquanto ele ditava aos escribas. A única pessoa além de Joseph que tentou traduzir diretamente foi Oliver Cowdery. Oliver, no entanto, não registrou nenhum detalhe sobre o processo físico exato que ele usou nesta tentativa - sabemos somente do aspecto espiritual do processo. |
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Revisão das 19h14min de 21 de setembro de 2014
O que era o Urim e Tumim usado por Joseph para traduzir as placas?
Perguntas
Joseph Smith usou tanto os Intérpretes Nefitas quanto sua própria pedra vidente durante o processo de tradução, mas ouvimos falar somente do "Urim e Tumim" sendo usado para este propósito.
- Ele descreveu o instrumento como "óculos ou espectros" e referiu-se a ele usando um termo do Velho Testamento, Urim e Tumim.
- Ele às vezes aplicou o termo também a outras pedras que ele possuía, chamadas de "pedras videntes" porque elas ajudavam-no a receber revelações como vidente. O Profeta recebeu algumas das primeiras revelações por meio do uso destas pedras videntes.
- Os registros indicam que logo após o estabelecimento da Igreja em 1830, o Profeta parou de usar as pedras videntes como um meio regular para receber revelações. Ao invés disso, ele ditava as revelações após inquirir ao Senhor sem o emprego de nenhum instrumento externo.
- Qual a relação entre os Intérpretes Nefitas, a pedra vidente de Joseph e o Urim e Tumim? - Por quê Joseph usaria um termo Bíblico para referir-se a este instrumento, uma vez que ele não era o item mencionado na Bíblia?
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias responde a estas questões (Inglês)
"Book of Mormon Translation," Gospel Topics (lds.org), (2013)
Estes dois instrumentos - os intérpretes e a pedra vidente - eram aparentemente permutáveis e funcionavam de maneira tão parecida que, no decurso do tempo, Joseph Smith e seus associados usavam frequentemente o termo "Urim e Tumim" para referirem-se tanto à pedra quanto aos Intérpretes. Nos tempos antigos, os sacerdotes Israelitas usavam o Urim e Tumim para ajudá-los a receber a comunicação divina. Apesar de os comentaristas divergirem quanto à natureza do instrumento, algumas fontes antigas afirmam que o instrumento involvia pedras que se acendiam ou eram divinamente iluminadas. Os Santos dos Últimos Dias, no entanto, parecem ter compreendido o termo mais como uma categoria descritiva de instrumentos para obter revelação divina e menos como o nome de um instrumento específico.(Clique aqui para obter o artigo completo (Inglês))
Perguntas e respostas detalhadas
Os Intérpretes Nefitas
O Senhor proveu um conjunto de pedras videntes (as quais foram usadas anteriormente por profetas Nefitas) junto com as placas. O termo Intérpretes Nefitas podem referirem-se tanto às pedras em si quanto às pedras em conjunto com seus acessórios (o arco e o peitoral). Algum tempo depois da tradução, os primeiros santos notaram similaridades com as pedras videntes e os acessórios relacionados usados pelos Sumo Sacerdotes no Velho Testamento e começaram a usar o termo Urim e Tumim permutavelmente com os Intérpretes Nefitas e as pedras videntes de Joseph Smith. O agora popular uso do termo Urim e Tumim tem, infelizmente, obscurecido o fato de que todos estes instrumentos pertenciam à mesma classe de auxílios revelatórios sagrados e que mais de um foi usado na tradução.
Os Intérpretes Nefitas visavam auxiliar Joseph no processo de tradução inicial, ainda que a maneira pela qual eles foram empregados nunca foi explicada em detalhes. O fato de que os Intérpretes Nefitas eram colocados em arcos lembrando um par de óculos tem levado alguns a acreditar que eles eram usados como tal, com Joseph vendo os caracteres nas placas por eles. Isto, no entanto, é meramente uma especulação que não leva em conta que Joseph logo desmontou o conjunto porque o espaçamento entre as pedras videntes era grande demais para seus olhos. O peitoral que acompanhava o conjunto parecia também ter sido usado por um homem maior que ele. Assim como seu equivalente Bíblico (o peitoral do Sumo Sacerdote contendo 12 pedras que simbolizavam ele sendo o mediador entre Deus e Israel), o peitoral Nefita aparentemente não era essencial para o processo revelatório.
A Pedra Vidente
Muitas testemunhas oculares confirmam que Joseph usou sua pedra vidente durante parte do processo de tradução. Martin Harris afirma que Joseph usou os Interpretes Nefitas e depois mudou para a pedra vidente "por conveniência". [1] De fato, Elder Nelson refere-se ao uso da pedra vidente em um discurso de 1993:
Os detalhes deste miraculoso método de tradução não são completamente conhecidos. Mas temos alguns pensamentos preciosos. David Whitmer escreveu:
"Joseph Smith colocava sua pedra vidente em um chapéu e levava o chapéu ao rosto, colocando-o bem perto para eliminar a luz, e na escuridão a luz espiritual brilhava. Um pedaço de algo parecendo pergaminho aparecia, e nisto aparecia a escrita. Aparecia um caractere por vez, e embaixo dele sua interpretação em inglês. O Irmão Joseph lia a interpretação em Inglês para Oliver Cowdery, que era seu principal escriba, que então o escrevia e repetia para o Irmão Joseph para ver se estava correto, e então o caractere desaparecia, e outro aparecia com sua interpretação. E assim foi o Livro de Mórmon traduzido pelo dom e poder de Deus, e não por nenhum poder dos homens". (David Whitmer, An Address to All Believers in Christ, Richmond, Mo.: n.p., 1887, p. 12.) [2] </blockquote>
Parece também que a pedra vidente era por vezes chamada de "Urim e Tumim", indicando que o nome poderia ser designado para qualquer instrumento usado para o propósito de tradução. [3]
Para mais informações relacionadas a este tópico
O Intérprete Foundation responde a estas questões
Roger Nicholson,"The Spectacles, the Stone, the Hat, and the Book: A Twenty-first Century Believer’s View of the Book of Mormon Translation", Interpreter: A Journal of Mormon Scripture, 5:121-190 (June 7, 2013)
Este artigo procura examinar o método de tradução do Livro de Mórmon da perspectiva de um membro comum, não acadêmico e fiel, do século 21, levando em conta tanto o que se é aprendido na Igreja quanto o que pode ser aprendido com os registros históricos que agora estão facilmente disponíveis. O que sabemos? O que deveríamos saber? Como um membro Santo dos Últimos Dias fiel poder reconciliar relatos aparentemente conflitantes do processo de tradução? Uma análise das fontes históricas é usada para nos prover um maior e mais completo entendimento da complexidade que existe nos primeiros eventos da Restauração. Estes relatos vêm tanto de fontes fiéis quanto infiéis, e algum ceticismo deve ser empregado ao escolher aceitar algumas das interpretações oferecidas por algumas destas fontes como fato. No entanto, uma análise destas fontes provê uma visão ampliada, e as respostas para estas perguntas fornecem um olhar esclarecedor sobre a História da Igreja e sobre a evolução da história do processo de tradução. Este artigo foca primariamente nos métodos e instrumentos usados no processo de tradução e como um Santo dos Últimos Dias fiel pode vê-los como evidência da veracidade do Evangelho restaurado.(Clique aqui para obter o artigo completo (em Inglês))
Para mais informações relacionadas a este tópico
Cronologia dos métodos de tradução
Resumo: Temos vários registros do processo de tradução sob a perspectiva de várias testemunhas contemporâneas que viram o Profeta enquanto ele ditava aos escribas. A única pessoa além de Joseph que tentou traduzir diretamente foi Oliver Cowdery. Oliver, no entanto, não registrou nenhum detalhe sobre o processo físico exato que ele usou nesta tentativa - sabemos somente do aspecto espiritual do processo.Notas
- ↑ Brigham H. Roberts, Comprehensive History of the Church (Provo, Utah: Brigham Young University Press, 1965), 1:128–129. GospeLink (requires subscrip.) "[Martin Harris] said that the Prophet possessed a Seer Stone, by which he was enabled to translate as well as with the Urim and Thummim, and for convenience he sometimes used the Seer Stone."
- ↑ Russell M. Nelson, "A Treasured Testament," Ensign (July 1993), 61. off-site
- ↑ Stephen D. Ricks, The Translation and Publication of the Book of Mormon, Featured Papers, Maxwell Institute, Provo UT. off-site