Livro de Mórmon / Testemunhas / Oito testemunhas

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Será que as Oito Testemunhas viram de fato fisicamente as placas?


Alguns tentaram argumentar que as oito testemunhas apenas alegaram uma visão "espiritual" ou "visionária" das placas, e não uma literal, física.


William Smith resumiu bem a questão quando disse que de todas as oito testemunhas

"que eles não só Viram com os próprios olhos, mas seguraram com suas mãos o referido registro. . . ninguém nem qualquer uma dessas testemunhas jamais, ao meu conhecimento, contrariou o testemunho dado acima concernente a existência real dessas placas mórmons."[1]

As Oito Testemunhas afirmaram consistentemente a precisão do seu testemunho publicado, e da realidade física de sua experiência. Os críticos terão que procurar outro lugar para apoiar suas especulações.

O Instituto A. Maxwell Neal responde a estas questões

Richard Lloyd Anderson,""Attempts to Redefine the Experience of the Eight Witnesses"", Journal of Book of Mormon Studies, 14/1 (205)


Um anjo mostrou as placas do Livro de Mórmon para as Três Testemunhas, que ouviram a voz de Deus declarar a tradução como sendo correta. * Mas as Oito Testemunhas relatam manusear as placas sob circunstâncias naturais, descrevendo cor, peso substancial, folhas individuais com escritos gravados, e trabalho meticuloso num todo. Os críticos reagiram diferentemente em relação a tal linguagem física. Alguns vêem as Oito Testemunhas como participantes de uma fraude. Mas suas vidas não se encaixam nesse caráter, uma vez que todos sofreram graves perseguições no início do mormonismo e nenhum deles reverteu seu depoimento escrito. Outros críticos reconhecem sinceridade e supõem que Joseph Smith criou uma imitação. Mas as Oito Testemunhas eram comerciantes e agricultores que trabalhavam com materiais e reconheceriam uma falsificação mal feita. Céticos mais recentes avançam em uma teoria dupla: (1) que em vários momentos Joseph Smith permitiu que os oito homens levantassem, mas não vissem um objeto coberto e pesado; (2) que estes homens testificaram ter visto as placas por causa de uma visão induzida pelo entusiasmo ou controle da mente. Esta teoria é apresentada por uma interpretação arbitrária de pouquíssimos documentos. Este artigo discute fontes que tinham sido utilizadas indevidamente em tentativas de reverter a declaração das Oito Testemunhas’ sobre o seu contato físico com o antigo registro.
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Perguntas e respostas detalhadas


Os 'críticos' tentam argumentar que as testemunhas só "viram" as placas em um estado espiritual, e, em seguida, foram autorizados a avaliar o peso de uma caixa coberta. Isso contradiz plenamente seus próprios registros, e os dos outros. [2]

As tentativas de destituir os oito testemunhas

Os críticos confiam em um relatório do então apóstata John Whitmer e tentam usar isso como o ‘gatilho’ para uma "experiência “somente visionária”, mas isso deturpa a totalidade da evidência.

... tudo o que sei, é que você publicou para o mundo que um anjo apresentou essas placas a Joseph Smith.” Whitmer respondeu:" Eu agora digo que eu manuseei essas placas. havia gravações finas, em ambos os lados. Eu as manuseei.” e ele descreveu como elas estavam presas e elas foram mostradas a mim por um poder sobrenatural. ele reconheceu tudo. Turley lhe perguntou por que a tradução agora não é verdadeira, e ele disse:" Eu não posso lê-la, e eu não sei se é verdadeira ou não.[3]

Entāo, o apóstata Whitmer insiste que ele fisicamente manuseou as placas, e atesta ter visto gravações finas "em ambos os lados." Os críticos tentam agarrar palhas, e ignoram a implicação tão clara de que Whitmer (aqui, um severo inimigo de Joseph Smith) afirma ter realmente visto e tocado nas placas. A citação "poder sobrenatural" parece ser a imposição de viés dos entrevistadores (ela não aparece em nenhum dos relatos em primeira pessoa de Whitmer ou no testemunho das Oito Testemunhas - ver discussão mais aprofundada no artigo principal acima)

Também é possível que Whitmer estava insistindo em que Joseph Smith não poderia tê-lo mostrado as placas sem auxílio divino; No entanto essa perspectiva não está presente em nenhuma de suas outras declarações. As três testemunhas do physical reality mesmo modo insistiram na realidade física de sua experiência com o anjo, apesar das armadilhas sobrenaturais de sua experiência de testemunha.

Por que, então, Whitmer (acho que é Whitmer aqui)apostatou? Ele racionalizou sua escolha de desacreditar da tradução do Livro de Mórmon (apesar de saber que as placas eram literais e físicas) da seguinte maneira:

Eu não posso lê-la, e eu não sei se é verdadeira ou não. [4]

John Whitmer

Whitmer também publicou o seu testemunho das placas, e reafirmou o testemunho escrito:

Talvez não seja errado, neste lugar, dar uma declaração ao mundo a respeito da obra do Senhor, como eu tenho sido um membro dessa Igreja dos Santos dos Últimos Dias desde o seu início; dizer que o livro de Mórmon é uma revelação de Deus, eu não tenho nenhuma hesitação; mas com toda a confiança assinei o meu nome nele como tal; e espero, que os meus compatriotas(benfeitores, patrões) me permitam falar livremente sobre este assunto, já que estou a ponto de deixar o departamento editorial. Desejo, portanto, testemunhar a todos o que venham ao conhecimento deste discurso (desta mensagem, declaração, sermão); que eu certamente vi as placas de onde o Livro de Mórmon é traduzido, e que eu toquei estas placas, e sei com certeza que Joseph Smith, jr. traduziu o Livro de Mórmon pelo dom e poder de Deus, e, nisto a sabedoria dos sábios mais indubitável pereceu; portanto, sabei, ó vós, habitantes da Terra, onde quer que este discurso possa chegar, que eu tenho nele livrado minhas vestes de seu sangue, caso você acredite ou não nas declarações de seu amigo indigno e que lhe deseja o melhor.[5]

Richard Anderson recolheu oito relatos de John Whitmer que confirmam a realidade de seu manuseio das placas.[6] Os críticos ignoram muita evidência documentada, em caso de Whitmer em particular, simplesmente porque o seu testemunho é inconveniente às suas especulações.

O Velho Pai Whitmer disse-me no último inverno , com lágrimas nos olhos, que ele sabia tão bem quanto ele sabia que ele mesmo existia que Joseph traduziu o antigo registro que estava sobre as placas, que ele 'viu e tocou,’ e que, como um dos escribas, ele ajudou a copiar, assim que as palavras caiam dos lábios de Joseph, através de um poder "sobrenatural ou onipotente"[7]

Whitmer's final interview is impressive:

Eu disse: Estou ciente de que o seu nome está afixado como testemunha d' O Livro de Mórmon, de que você viu as placas? Ele - Isto mesmo, e este testemunho é verdadeiro. EU - você tocou as placas com suas mãos? Ele - eu as toquei! Eu - Então, elas eram de uma substância material? Ele - Sim, tão material como qualquer outra coisa. Eu - Elas eram pesadas para levantar? Ele - Sim, e você sabe que o ouro é um metal pesado, elas eram muito pesadas. Eu -Qual era o tamanho das folhas? Ele - Até onde eu me lembro, 8 por 6 ou 7 polegadas. Eu - As folhas eram grossas? Ele - Sim, grossas o suficiente para que os caracteres pudessem ser gravados em ambos os lados. Eu - Como as folhas estavam unidas? Ele - Em três anéis, cada um na forma de um D, com a linha reta direcionada ao centro. Eu - Em que lugar você viu as placas. Ele - Na casa de Joseph Smith; ele as tinha lá. Eu - Você as viu cobertas com um pano? Ele - Não. Ele as entregou descobertas em nossas mãos, e nós viramos folhas o suficiente para nos satisfazer. Eu - Todos vocês, as oito testemunhas, estavam presentes ao mesmo tempo? Ele - Não. Naquela época Joseph mostrou as placas para nós, éramos quatro pessoas, presentes na sala, e em outro momento, ele as mostrou para mais quatro pessoas ….
quando Joseph Smith [III])...mandou dizer a John Whitmer para reafirmar o seu testemunho, sua resposta foi: "Eu nunca o revoguei, e eu não tenho nada para reafirmar’[8]

Hiram Page

Hyrum Page insistiu::

Quanto ao Livro de Mórmon, seria injustiça comigo mesmo, e para com a obra de Deus nos últimos dias, dizer que eu poderia acreditar que algo é verdadeiro em 1830, e acreditar que a mesma coisa é falsa em 1847.[9]

O filho de Page recordou depois de sua morte:

Eu sabia que meu pai era verdadeiro e fiel a seu testemunho da divindade do Livro de Mórmon até o fim. Sempre que ele tinha a oportunidade de dar o seu testemunho desse assunto, ele sempre o fazia, e parecia se regozijar extremamente em ter tido o privilégio de ver as placas.[10]

Lucy Mack Smith

Lucy Mack Smith escreveu:

Por poucos dias estávamos acompanhados por Joseph e Oliver e os Whitmers que vieram nos fazer uma visita e também para fazer alguns preparativos sobre como ter o livro impresso logo após que eles viessem. Todos eles, ou seja, a parte masculina da companhia dirigiram-se a um pequeno bosque, onde era de costume a família oferecer suas orações particulares. Já que Joseph tinha sido instruído de que as placas seriam levadas lá por um dos antigos nefitas. Aqui estavam essas oito testemunhas que registraram no Livro de Mórmon que eles olharam as placas e as manusearam e que dão testemunho na [página de rosto do Livro de Mórmon]. . . . Após as testemunhas voltarem para a casa o Anjo novamente fez a sua aparição a Joseph , que recebeu as placas de suas mãos.[11]

Hyrum Smith

Vários escritores recordaram o testemunho de Hyrum:

  • Ele estava falando sobre o Livro de Mórmon, do qual é uma das testemunhas e disse que somente tinha duas mãos e dois olhos e disse que tinha visto as placas com seus olhos e tocado-as com suas mãos.[12]
  • ”[Mary Fielding Smith] presta testemunho de que seu marido [Hyrum] viu e tocou as placas etc.”[13]
  • Outro escritor ouviu Hyrum "declarar, nesta cidade, em público, que o que está registrado sobre as placas é verdade solene de Deus."[14]

Depois de estar na cadeia de Liberty, Hyrum escreveu::

  • Senti uma vontade de morrer, em vez de negar as coisas que meus olhos tinham visto, que as minhas mãos haviam tocado, e que eu tinha dado testemunho, onde quer que minha sorte estivesse lançada.[15]

Samuel Smith

Daniel Tyler relatou ter ouvido Samuel Smith:

Ele sabia que seu irmão Joseph tinha as placas, pois o profeta havia lhe mostrado, e ele as havia tocado e visto as gravações nelas.[16]

Christian and Peter Whitmer

Oliver Cowdery disse destes homens (seus cunhados):

Entre aqueles que foram para casa descansar, podemos citar os nomes dos nossos dois cunhados, Christian e Peter Whitmer, jr. o primeiro morreu em 27 de novembro de 1835, e o seguinte no dia 22 do último mês de setembro, no Condado de Clay, Missouri. Nossos irmãos eram pessoalmente conhecidos por muitos nesta Igreja; eles foram os primeiros a abraçar o novo convênio, ao ouvir isso, e durante uma cena de perseguição e perplexidade constante, até seus últimos momentos, mantiveram sua crença - ambos foram incluídos na lista das Oito Testemunhas do Livro de Mórmon, e apesar de terem partido, é com grande satisfação que refletimos, que eles proclamaram, até seus últimos momentos, a certeza de seu testemunho anterior: O testemunho está em vigor após a morte do testador. Que todos os que lembrem o fato, de que o Senhor deu aos homens uma testemunha de si mesmo nos últimos dias, e que eles O declararam fielmente até serem levados embora.[17]

Jacob Whitmer

Em 1888, o filho de Whitmer disse:

Meu pai, Jacob Whitmer, sempre foi fiel e verdadeiro a seu testemunho do Livro de Mórmon, e o confirmou em seu leito de morte."[18]

Registros hostis

Um registro cético de um leitor em 1831 demonstra que os contemporâneos das testemunhas entendiam a experiência como sendo uma literal:

As placas das quais Smith, o autor traduz seu livro, dizem estar em sua posse. Dez pessoas dizem tê-las visto e as levantado, três declaram que um anjo do Senhor apareceu-lhes e mostrou-as a eles, e disse-lhes que Deus havia dado poder a Smith para ser capaz de lê-los, entendê-los e traduzi-los. Os nomes das pessoas estão assinados nos certificados no livro.[19]

Para mais informações relacionadas a este tópico


Muitas testemunhas do Livro de Mórmon foram relacionados

Resumo: Alega-se que, porque muitas das testemunhas estão relacionados, isto significa que eles não são confiáveis​​.

Notas


  1. William Smith, "Notes Written on 'Chambers' Life of Joseph Smith,'" 15; transcribed by Richard L. Anderson.
  2. Many of the quotes collected here are found in Richard Lloyd Anderson, "Attempts to Redefine the Experience of the Eight Witnesses," Journal of Book of Mormon Studies 14/1 (2005): 18–31. off-site PDF link wiki (Key source)
  3. "Theodore Turley's Memorandums," Church Archives, handwriting of Thomas Bullock, who began clerking in late 1843; cited in Dan Vogel (editor), Early Mormon Documents (Salt Lake City, Signature Books, 1996–2003), 5 vols, 5:241.; see also with minor editing in Joseph Smith, History of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 7 volumes, edited by Brigham H. Roberts, (Salt Lake City: Deseret Book, 1957), 3:307–308. BYU Studies link
  4. "Theodore Turley's Memorandums," Church Archives, handwriting of Thomas Bullock, who began clerking in late 1843; cited in Dan Vogel (editor), Early Mormon Documents (Salt Lake City, Signature Books, 1996–2003), 5 vols, 5:241.; see also with minor editing in Joseph Smith, History of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 7 volumes, edited by Brigham H. Roberts, (Salt Lake City: Deseret Book, 1957), 3:307–308. BYU Studies link
  5. John Whitmer, "Address To the patrons of the Latter Day Saints' Messenger and Advocate," (March 1836) Latter Day Saints' Messenger and Advocate 2:286-287. (italics added)
  6. Richard Lloyd Anderson, "Attempts to Redefine the Experience of the Eight Witnesses," Journal of Book of Mormon Studies 14/1 (2005): 18–31. off-site PDF link wiki. See especially Anderson's discussion of Dan Vogel's tendency to ignore contrary witnesses from Whitmer that do not fit his thesis here.
  7. Dan Vogel (editor), Early Mormon Documents (Salt Lake City, Signature Books, 1996–2003), 5 vols, 5:251. original is Myron H. Bond to Editors, 2 August 1878 in Saints' Herald 25 (15 August 1878): 253.
  8. Dan Vogel (editor), Early Mormon Documents (Salt Lake City, Signature Books, 1996–2003), 5 vols, 5:247–249., original in Deseret Evening News, 6 August 1878; citing a letter from P. Wilhelm Poulson to Editors (31 July 1878) from Ovid City, Idaho.
  9. Letter of Hiram Page to William E. McLellin (30 May 1847), Ray County, Mo.; cited in Ensign of Liberty 1 (1848): 63.
  10. Andrew Jenson, Historical Record (Salt Lake City: Andrew Jenson, 1888), 7:614.
  11. Lucy Mack Smith's history, preliminary manuscript, Family and Church History Department, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
  12. Letter to John Kempton, 26 August 1838, Family History Library, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, Salt Lake City, microfilm no. 840025.
  13. Joseph Fielding, "Letter to Parley P. Pratt," Millennial Star 4 (August 1841), 52.
  14. "Mr. J. B. Newhall's Lecture," signed by "A Hearer," Salem Advertiser and Argus, 12 April 1843, some also in Times and Seasons 4 (15 June 1843): 234–235;
  15. Hyrum Smith, "To the Saints scattered abroad," Times and Seasons 1 (November 1839), 20, 23. off-site GospeLink (requires subscrip.)
  16. Richard Lloyd Anderson, Investigating the Book of Mormon Witnesses (Salt Lake City: Deseret Book Company, 1981), 148. ISBN 0877478465.
  17. Oliver Cowdery, "The Closing Year," Latter Day Saints' Messenger and Advocate 3 no. 3 (December 1836), 426.
  18. Cited in Letter of Andrew Jenson to Deseret News (13 September 1888) from Richmond, Mo.,; cited in Deseret News (17 September 1888).
  19. W.O. [William Owen], “Mormon Bible,” Free Enquirer (New York) (3 September 1831): 364.