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Mormonismo e Outras Religiões/Testemunhas espirituais
Acreditam os Santos dos Últimos Dias que membros de outras religiões podem receber testemunho espiritual de que seus ensinamentos são verdadeiros?
Perguntas
Os Santos dos Últimos Dias afirmam serem capazes de atestar a veracidade de sua religião através de um testemunho espiritual diretamente de Deus.
- Os Santos dos Últimos Dias desconsideram os testemunhos espirituais que membros de outras religiões recebem?
- Todas as outras religiões no mundo também se valem de uma “testemunha espiritual” para confirmar a veracidade de suas crenças?
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias responde a estas questões (Inglês)
"Lição 1: A mensagem da Restauração do Evangelho de Jesus Cristo," Pregar Meu Evangelho
Assim como o mundo Cristão foi abençoado pela coragem e visão dos reformadores, muitas outras nações e culturas foram abençoadas por aqueles que receberam “tudo o que [Deus achava] que [deveriam] receber”. (Alma 29:8) Os ensinamentos de outros líderes religiosos ajudaram muitas pessoas a tornarem-se mais civilizadas e éticas.(Clique aqui para obter o artigo completo (Inglês))Maomé: Nasceu em 570 d.C. em Meca. Ficou órfão na infância. Viveu na pobreza. Ganhou reputação de pacificador digno de confiança. Casou-se aos 25 anos de idade. Em 610, orou e meditou no monte Hira. Disse que o anjo Gabriel apareceu a ele, trazendo-lhe uma mensagem de Alá (Deus). Afirmou ter recebido comunicação de Deus, por intermédio de Gabriel, de 620 a 632. Essas comunicações, que ele recitava a seus discípulos, foram posteriormente registradas no Corão, o livro sagrado do Islamismo.
Buda (Gautama): Nasceu em 563 a.C., filho de um líder indiano, no Nepal. Preocupou-se com o sofrimento que viu à sua volta. Fugiu do luxuoso palácio do pai, renunciou ao mundo e viveu na pobreza. Buscando a compreensão, descobriu o que ele chamou de o “caminho da libertação”. Declarou ter atingido o Nirvana, um estado de desprendimento das preocupações, dores ou da realidade externa. Tornou-se mestre de uma comunidade de monges.
Confúcio: Nasceu em 551 a.C., ficando órfão quando criança. Foi o primeiro a ocupar profissionalmente o cargo de professor na China. Foi o maior filósofo moral e social da China. Disse pouco a respeito de seres espirituais ou poderes divinos. Acreditava que o céu lhe havia confiado uma sagrada missão como defensor do bem e da verdade.
Conclusão
Os Santos dos Últimos Dias acreditam que outras religiões têm porções da verdade. Nós reconhecemos que o bem em todas as religiões é inspirado por Deus. Moroni 7:13 afirma:
“Eis, porém, que aquilo que é de Deus convida e impele a fazer o bem continuamente; portanto, tudo o que convida e impele a fazer o bem e a amar a Deus e a servi-lo, é inspirado por Deus.”
Os Santos dos Últimos Dias não afirmam que a manifestação espiritual para outro Mórmon é uma prova da veracidade da Igreja, nem nos convencemos pela afirmação de outrem de ter um testemunho espiritual em favor de outra igreja. A mensagem SUD é que cada pessoa deve receber o testemunho para si mesmo e que só essa pessoa pode julgar a veracidade do que ela própria experimentar.
Note-se que nem todas as religiões afirmam que a veracidade de suas crenças é confirmada através de um testemunho espiritual. Na verdade, um bom número de cristãos evangélicos dedicou muito tempo tentando provar para Mórmons que não devemos basear-nos num testemunho espiritual para confirmar a verdade. A maioria das grandes religiões e seitas baseiam-se em reivindicações de autoridade (o Papa no catolicismo e a Bíblia no protestantismo) ou simplesmente tradição, maioria e obviedade (islamismo, hinduísmo, etc.).
Os Santos dos Últimos Dias aceitam que Deus e o Espírito de Deus testificam da Verdade seja qual for a sua origem. (D&C 109:7) Como membros da Igreja, somos encorajados a encontrar a verdade em muitos lugares. Em nenhum lugar em nossas crenças se afirma que não há verdade em outras religiões.
D&C 109:7:
E como todos não têm fé, buscai diligentemente e ensinai-vos uns aos outros palavras de sabedoria; sim, nos melhores livros buscai palavras de sabedoria; procurai conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé;
Na obra "Confession of Faith" 1.5 de Westminster, lê-se, em parte, da seguinte forma:
"’Nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade [das Escrituras], é a partir da obra interior do Espírito Santo, testemunhando por e com a Palavra em nossos corações."
João Calvino escreveu:
"’Devemos considerar a autoridade das Escrituras como maior do que razões, fatores ou conjecturas humanas. Isto porque baseamos essa autoridade sobre o testemunho interior prestado pelo Espírito Santo '", Institutos, edição 1539. A doutrina, especialmente sublinhada pelo calvinismo, de que o Espírito Santo oferece um 'testemunho interno' para a autoridade das Escrituras..."
O Papa Gregório Magno (A.D. 604), de acordo com Robert Markus, ensinava que:
"As escrituras contêm o que o leitor encontra nelas; e mente do leitor é moldada pela sua disposição interior: "a menos que as mentes dos leitores estendam-se às alturas, as palavras divinas permanecem abaixo, por assim dizer, incompreendidas .... Muitas vezes acontece que um texto bíblico é sentido como sendo celestial, se for suscitado pela graça da contemplação a elevar-se às coisas celestiais. E, então, reconhecer o poder maravilhoso e inefável do texto sagrado, quando a mente do leitor é permeada com amor celestial .... Pois de acordo com a direção que o espírito do leitor leva, de modo que o texto sagrado sobe com ele... '"
O Papa João Paulo II declarou o seguinte, a respeito da possibilidade de o Espírito Santo inspirar os não-católicos:
"Toda busca do espírito humano de verdade e de bondade e, em última análise, por Deus, é inspirada pelo Espírito Santo .... Em suas origens, muitas vezes, encontramos fundadores que, com a ajuda do Espírito de Deus, alcançaram uma experiência religiosa mais profunda .... Em toda experiência religiosa autêntica, a expressão mais característica é a oração .... Podemos afirmar que "toda oração autêntica é suscitada pelo Espírito Santo, que está misteriosamente presente no coração de cada pessoa".
Na realidade, seria arrogante para um Santo dos Últimos Dias negar as experiências espirituais das pessoas que pertencem a outras religiões. Nós nunca devemos tentar desdenhar do que alguém acredita. Devemos, no entanto, apresentar o Evangelho em sua plenitude e incentivar aqueles que estiverem propensos a aceitá-lo.
Gordon B. Hinckley fala de alguns dos comentários deixados na Praça do Templo SUD pelos visitantes:[1]
- De um protestante de New Jersey: "Tenho ouvido muitas vezes a palavra mórmon e a associava a grupo religioso fanático. Eu não poderia ter estado mais errado!"
- De uma Congregacional de Massachusetts: "Eu sempre senti que a religião deve ser uma alegria, e vocês certamente mostram isso!"
- De um cristão de Maine: "Isto é lindo; esta é a primeira vez na minha vida em que eu quis saber se a minha religião é o caminho certo. "
- De um católico da Pensilvânia: "Eu invejo o seu modo de vida."
- Uma Presbiteriana do Canadá: "Deus está neste lugar; podemos vê-lo por toda parte."
- Um cristão da Alemanha: "Eu desfrutei muito estar aqui. Eu mal posso acreditar que tal lugar existe, oferecendo tanto e não pedindo nenhum dinheiro".
Joseph Smith, em 1843:[2]
O Santos pode testemunhar se estou disposto a dar a minha vida para os meus irmãos. Se puder ser demonstrado que eu estaria disposto a morrer por um 'Mórmon’, ouso declarar diante do Céu que eu estou igualmente pronto para morrer em defesa dos direitos de um presbiteriano, um Batista, ou um homem bom de qualquer outra denominação; pois o mesmo princípio que destruiria os direitos dos Santos dos Últimos Dias iria violar os direitos dos católicos romanos, ou de qualquer outra denominação que posa ser impopular e fraco demais para se defender. "
Notas