Diferenças entre edições de "Mormonismo e a Bíblia Sagrada/Tradução de Joseph Smith/Como a restauração do texto bíblico original"

(Criou página com: '{{artigos FairMormon direitos autorais}} {{título de recursos|O que pode a crítica textual nos dizer sobre a Bíblia?}} == == {{etiqueta resposta}} Teste == == {{etiqueta...')
 
Linha 1: Linha 1:
 
{{artigos FairMormon direitos autorais}}
 
{{artigos FairMormon direitos autorais}}
{{título de recursos|O que pode a crítica textual nos dizer sobre a Bíblia?}}
+
{{título de recursos|Por que as correções da Bíblia feitas por Joseph Smith não correspondem aos manuscritos conhecidos?}}
 
== ==
 
== ==
 
{{etiqueta resposta}}
 
{{etiqueta resposta}}
  
Teste
+
Se a Tradução de Joseph Smith (TJS) é uma "correção" dos erros bíblicos, por que essas correções não correspondem a manuscritos conhecidos?
  
 
== ==
 
== ==
 
{{etiqueta conclusão}}  
 
{{etiqueta conclusão}}  
  
Teste
+
A tradução de Joseph Smith (TJS) não é uma tradução no sentido tradicional. Joseph não se considerava um "tradutor" no sentido acadêmico. A TJS é mais considerada como uma espécie de "comentário inspirado" - Geralmente, Joseph não estava restaurando "texto perdido" (embora em alguns poucos casos, poderia estar).
  
 +
Alguns aspectos da TJS podem refletir uma restauração do texto bíblico que foi perdido. Mas tal restauração é provavelmente a minoria. Joseph não afirmou estar preservando mecanicamente algum texto bíblico o qual era hipoteticamente 'perfeito'. Em vez disso, Joseph usou o texto existente do Rei Tiago como base para comentários, expansão e esclarecimentos baseados em revelação, com atenção especial para as questões de importância doutrinária para o leitor moderno. Ler a TJS é semelhante a ter o profeta ao seu lado enquanto se estuda - isso permite a Joseph esclarecer, elaborar e comentar sobre o texto bíblico na luz da revelação moderna.
 +
 +
Os leitores modernos estão acostumados a pensar em uma "tradução" como unicamente a conversão de texto de uma língua para outra. Mas Joseph usou o termo em um sentido mais amplo e mais abrangente, que incluiu explicação, comentário, e harmonização. A TJS é provavelmente melhor compreendida nesta luz.
  
 
== ==
 
== ==
 
{{etiqueta resposta}}
 
{{etiqueta resposta}}
  
===Unbiblical assertion===
+
Ao descrever a natureza da TJS, o maior especialista da área disse:
 +
 
 +
:Considerando a Nova Tradução [ou seja, TJS] como um produto da inspiração divina dada a Joseph Smith não necessariamente significa que se trate de uma restauração do texto da Bíblia original. Parece provável que a Nova Tradução poderia significar muitas coisas. Por exemplo, a natureza do trabalho podem ser categorizadas de quatro maneiras:
 +
 
 +
#Partes podem consistir de um registro de eventos históricos reais que não foram registrados, ou foram gravadas mas nunca incluídos na coleição biblica.
 +
#Partes podem consistir de um registro de eventos históricos reais, porém não registrados, ou que foram registrados mas nunca incluídos na coleção bíblica.
 +
#Partes podem consistir de comentário inspirado pelo Profeta Joseph Smith, expandido, elaborado e até mesmo adaptado a uma situação dos últimos dias. Isso pode ser semelhante ao que Néfi quis dizer com "Comparando" as escrituras a si mesmo e seu povo em sua circunstância particular. (Ver 1 Néfi 19:23-24, 2 Néfi 11:8).
 +
#Alguns itens podem ser uma harmonização de conceitos doutrinários que foram revelados ao profeta Joseph Smith independentemente de sua tradução da Bíblia, mas por tal meio, ele foi capaz ao descobrir que uma passagem bíblica foi imprecisa.
 +
 
 +
A questão mais fundamental parece ser se alguém está disposto a aceitar a Nova Tradução como um documento divinamente inspirado ou não.[1]
 +
 
 +
O mesmo autor observou posteriormente:
 +
 
 +
:Seria informativo considerar vários significados da palavra "traduzir". O Dicionário de Inglês de Oxford (DIO) dá estas definições: "Transformar de uma língua para outra mantendo o sentido"; também, "Expressar em outras palavras, parafraseando". Ele dá ainda outro significado: "Interpretar, explicar, expor o significado de algo". Outros dicionários dão aproximadamente as mesmas definições que o DIO.
 +
 
 +
:Embora geralmente pensamos em tradução como sendo a mudança de um texto de uma língua para outra, este não é o único uso da palavra. Igualmente, traduzir significa expressar uma idéia ou declaração em outras palavras, mesmo na mesma língua. Se as pessoas não estão familiarizadas com a terminologia correta na sua própria língua, precisarão de uma explicação. A explicação pode ser mais longa do que a original, mas a original continha todo o mesmo sentido, seja explícita ou implícita. Em discurso comum no dia a dia, quando ouvimos algo declarado ambiguamente ou em termos altamente técnicos, pedimos para o discursante traduzí-lo para nós. Não se espera que a resposta deva vir em outro idioma, mas apenas que a primeira declaração fique clara. A nova declaração do discursante é uma forma de tradução, pois segue o propósito básico e a intenção da palavra 'tradução', que é de tornar algo para uma forma compreensível... Cada tradução é uma interpretação - uma versão. A tradução da língua não pode ser uma operação mecânica... A tradução é um processo cognitivo e funcional porque não há uma palavra em qualquer língua para corresponder com as palavras exatas em todas as outras línguas. Gênero, caso, gramática, terminologia, idioma, ordem das palavras, palavras obsoletas e arcaicas e tons de significado, tudo faz a tradução um processo interpretativo.[2]
  
Teste
+
====UM EXEMPLO:====
  
===Textual witness===
+
Assim, grande parte da TJS é provavelmente melhor compreendida como uma espécie de comentário antigo sobre o texto.
  
Teste
+
A TJS na abertura do Evangelho de João declara:
  
====Old Testament====
+
:1 No princípio foi o evangelho pregado por meio do Filho. E o evangelho era o verbo e o verbo estava com o Filho; e o Filho estava com Deus e o Filho era de Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do que foi feito se fez.
  
Teste
+
Parece mais provável que o objetivo dessa revisão era evitar que a palavra "verbo" (em grego: Logos) fosse literalmente considerada sinônimo de "Jesus Cristo". Esta equação foi baseado no uso filosófico em grego, em que o conceito de "Logos" como uma mediação entre Deus e o homem foi articulada pela primeira vez.
  
 +
Assim, igualando o "verbo" (Logos) com o Evangelho e não Jesus, parece ser diretamente uma forma de rejeitar uma dependência excessiva em filosofia grega em articular a natureza pré-mortal de Jesus Cristo. Isso provavelmente não é uma volta para a pureza primitiva do texto, mas uma explicação ou comentário útil fornecida pelo Senhor por intermédio de Joseph Smith para nos impedir de ir longe demais em teologias sem fim.
  
 
== ==
 
== ==
 
{{etiqueta notas}}
 
{{etiqueta notas}}
  
Nota 1
+
1.↑ Robert J. Matthews, "A Plainer Translation": Joseph Smith's Translation of the Bible: A History and Commentary (Provo, UT: Brigham Young University Press, 1985), 253.
Nota 2
+
 
 +
2.↑ Robert J. Matthews, "Joseph Smith as Translator," in Joseph Smith, The Prophet, The Man, edited by Susan Easton Black and Charles D. Tate, Jr. (Provo: Religious Studies Center, 1993), 80, 84.
  
 
{{Articles Footer 1}}  
 
{{Articles Footer 1}}  

Revisão das 19h10min de 29 de junho de 2014

Índice

Por que as correções da Bíblia feitas por Joseph Smith não correspondem aos manuscritos conhecidos?

Perguntas e respostas detalhadas


Se a Tradução de Joseph Smith (TJS) é uma "correção" dos erros bíblicos, por que essas correções não correspondem a manuscritos conhecidos?

Conclusão


A tradução de Joseph Smith (TJS) não é uma tradução no sentido tradicional. Joseph não se considerava um "tradutor" no sentido acadêmico. A TJS é mais considerada como uma espécie de "comentário inspirado" - Geralmente, Joseph não estava restaurando "texto perdido" (embora em alguns poucos casos, poderia estar).

Alguns aspectos da TJS podem refletir uma restauração do texto bíblico que foi perdido. Mas tal restauração é provavelmente a minoria. Joseph não afirmou estar preservando mecanicamente algum texto bíblico o qual era hipoteticamente 'perfeito'. Em vez disso, Joseph usou o texto existente do Rei Tiago como base para comentários, expansão e esclarecimentos baseados em revelação, com atenção especial para as questões de importância doutrinária para o leitor moderno. Ler a TJS é semelhante a ter o profeta ao seu lado enquanto se estuda - isso permite a Joseph esclarecer, elaborar e comentar sobre o texto bíblico na luz da revelação moderna.

Os leitores modernos estão acostumados a pensar em uma "tradução" como unicamente a conversão de texto de uma língua para outra. Mas Joseph usou o termo em um sentido mais amplo e mais abrangente, que incluiu explicação, comentário, e harmonização. A TJS é provavelmente melhor compreendida nesta luz.

Perguntas e respostas detalhadas


Ao descrever a natureza da TJS, o maior especialista da área disse:

Considerando a Nova Tradução [ou seja, TJS] como um produto da inspiração divina dada a Joseph Smith não necessariamente significa que se trate de uma restauração do texto da Bíblia original. Parece provável que a Nova Tradução poderia significar muitas coisas. Por exemplo, a natureza do trabalho podem ser categorizadas de quatro maneiras:
  1. Partes podem consistir de um registro de eventos históricos reais que não foram registrados, ou foram gravadas mas nunca incluídos na coleição biblica.
  2. Partes podem consistir de um registro de eventos históricos reais, porém não registrados, ou que foram registrados mas nunca incluídos na coleção bíblica.
  3. Partes podem consistir de comentário inspirado pelo Profeta Joseph Smith, expandido, elaborado e até mesmo adaptado a uma situação dos últimos dias. Isso pode ser semelhante ao que Néfi quis dizer com "Comparando" as escrituras a si mesmo e seu povo em sua circunstância particular. (Ver 1 Néfi 19:23-24, 2 Néfi 11:8).
  4. Alguns itens podem ser uma harmonização de conceitos doutrinários que foram revelados ao profeta Joseph Smith independentemente de sua tradução da Bíblia, mas por tal meio, ele foi capaz ao descobrir que uma passagem bíblica foi imprecisa.

A questão mais fundamental parece ser se alguém está disposto a aceitar a Nova Tradução como um documento divinamente inspirado ou não.[1]

O mesmo autor observou posteriormente:

Seria informativo considerar vários significados da palavra "traduzir". O Dicionário de Inglês de Oxford (DIO) dá estas definições: "Transformar de uma língua para outra mantendo o sentido"; também, "Expressar em outras palavras, parafraseando". Ele dá ainda outro significado: "Interpretar, explicar, expor o significado de algo". Outros dicionários dão aproximadamente as mesmas definições que o DIO.
Embora geralmente pensamos em tradução como sendo a mudança de um texto de uma língua para outra, este não é o único uso da palavra. Igualmente, traduzir significa expressar uma idéia ou declaração em outras palavras, mesmo na mesma língua. Se as pessoas não estão familiarizadas com a terminologia correta na sua própria língua, precisarão de uma explicação. A explicação pode ser mais longa do que a original, mas a original continha todo o mesmo sentido, seja explícita ou implícita. Em discurso comum no dia a dia, quando ouvimos algo declarado ambiguamente ou em termos altamente técnicos, pedimos para o discursante traduzí-lo para nós. Não se espera que a resposta deva vir em outro idioma, mas apenas que a primeira declaração fique clara. A nova declaração do discursante é uma forma de tradução, pois segue o propósito básico e a intenção da palavra 'tradução', que é de tornar algo para uma forma compreensível... Cada tradução é uma interpretação - uma versão. A tradução da língua não pode ser uma operação mecânica... A tradução é um processo cognitivo e funcional porque não há uma palavra em qualquer língua para corresponder com as palavras exatas em todas as outras línguas. Gênero, caso, gramática, terminologia, idioma, ordem das palavras, palavras obsoletas e arcaicas e tons de significado, tudo faz a tradução um processo interpretativo.[2]

UM EXEMPLO:

Assim, grande parte da TJS é provavelmente melhor compreendida como uma espécie de comentário antigo sobre o texto.

A TJS na abertura do Evangelho de João declara:

1 No princípio foi o evangelho pregado por meio do Filho. E o evangelho era o verbo e o verbo estava com o Filho; e o Filho estava com Deus e o Filho era de Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do que foi feito se fez.

Parece mais provável que o objetivo dessa revisão era evitar que a palavra "verbo" (em grego: Logos) fosse literalmente considerada sinônimo de "Jesus Cristo". Esta equação foi baseado no uso filosófico em grego, em que o conceito de "Logos" como uma mediação entre Deus e o homem foi articulada pela primeira vez.

Assim, igualando o "verbo" (Logos) com o Evangelho e não Jesus, parece ser diretamente uma forma de rejeitar uma dependência excessiva em filosofia grega em articular a natureza pré-mortal de Jesus Cristo. Isso provavelmente não é uma volta para a pureza primitiva do texto, mas uma explicação ou comentário útil fornecida pelo Senhor por intermédio de Joseph Smith para nos impedir de ir longe demais em teologias sem fim.

Notas


1.↑ Robert J. Matthews, "A Plainer Translation": Joseph Smith's Translation of the Bible: A History and Commentary (Provo, UT: Brigham Young University Press, 1985), 253.

2.↑ Robert J. Matthews, "Joseph Smith as Translator," in Joseph Smith, The Prophet, The Man, edited by Susan Easton Black and Charles D. Tate, Jr. (Provo: Religious Studies Center, 1993), 80, 84.