O Livro de Mórmon/Testemunhas/Oliver se juntou aos metodistas

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Oliver Cowdery se uniu aos metodistas depois de deixar a Igreja



Pergunta: Por que Oliver Cowdery se uniu aos metodistas se todas as outras igrejas eram “condenadas por Deus”?

Santos dos Últimos Dias não acreditam que outras igrejas estão "condenados de Deus"

E quanto a Oliver Cowdery ter se unido aos metodistas durante sua separação dos mórmons? Como Richard L. Anderson observou:

Já que fé em Jesus Cristo era o fundamento de sua religião, ele logicamente se filiou a uma congregação cristã por um tempo, a Igreja Protestante Metodista de Tiffin, Ohio. Não existe maior inconsistência nisto do que em Paulo adorar numa sinagoga judaica, ou em Joseph Smith se tornar maçom para evitar preconceito.[1]

A suposta relação entre a temporária filiação de Oliver aos metodistas e sua credibilidade como uma testemunha do Livro de Mórmon é capciosa e, por sinal, chega a ser irônica. Enquanto os críticos tentam demonstrar que os santos dos últimos dias acreditavam que o metodismo era “condenado por Deus”, eles também observam que Oliver Cowdery — uma testemunha fiel do Livro de Mórmon — não tinha problema em fazer parte desta denominação “condenada”. Nossos críticos apelam para um falso dilema. Existe abundante evidência que demonstra que Oliver nunca negou seu testemunho do Livro de Mórmon. Por exemplo, há evidência de que depois de deixar a Igreja, trabalhando como advogado, a integridade de Cowdery foi uma vez desafiada na corte por causa de seu testemunho do Livro de Mórmon.

Oliver reafirmaram seu testemunho do Livro de Mórmon, mesmo depois de ele se juntou os Metodistas

O conselho opositor pensou que diria algo que constrangeria Oliver Cowdery, apontando para ele como o homem que tinha testificado e tinha escrito que havia visto um anjo de Deus e que o anjo havia lhe mostrado as placas das quais o Livro de Mórmon fora traduzido. Pensou-se que, certamente, isto o deixaria completamente confuso, porque Oliver Cowdery, até então, não havia professado ser “mórmon”, ou um santo dos últimos dias; mas, em vez de se abalar com aquilo, se levantou na corte e, em resposta, declarou que quaisquer que fossem suas faltas ou fraquezas, o testemunho que havia escrito e que havia dado ao mundo era, literalmente, verdadeiro.[2]

Oliver voltou para a Igreja e se preparou para a jornada até Utah, para se juntar ao corpo principal dos santos dos últimos dias, quando repentinamente adoeceu em Richmond, Missouri. Oliver Cowdery tinha contraído tuberculose. Seus últimos suspiros foram dados testificando da veracidade do Livro de Mórmon. Lucy P. Young, sua meia irmã, estava ao seu lado e relatou:

Oliver Cowdery, antes de seu último suspiro, pediu aos que ali se encontravam para erguê-lo na cama, a fim de que pudesse falar à sua família e a seus amigos que estavam presentes. Então lhes disse para viverem de acordo com os ensinamentos contidos no Livro de Mórmon e prometeu-lhes que, se fizessem isso, encontrar-se-iam com ele no céu. Então disse: 'Deitem-me e deixem-me adormecer'. Poucos momentos depois, morreu sem dificuldade.[3]



Oliver Cowdery: "Meus olhos viram, meus ouvidos ouviram...Não foi um sonho, nem uma vã imaginação da minha mente — foi real"

Depoimento apresentado por Jacob F. Gates:

Testemunho de Jacob Gates. Meu pai, Jacob Gates, enquanto ia para a Inglaterra, em 1849, parou na cidade de Richmond, onde vivia, naquela época, Oliver Cowdery. Ao ouvir que Oliver estava em más condições de saúde e desejando renovar velhos laços de amizade, pois haviam sido amigos tempos atrás, meu pai foi à sua casa e o chamou. Em sua conversa, durante a visita, discorreram sobre a história do começo da Igreja e suas experiências mútuas durante as épocas complicadas em Missouri e Illionois. Finalmente, meu pai lhe fez a seguinte pergunta: "Oliver," disse ele, "Quero que me conte toda a verdade sobre seu testemunho em relação ao Livro de Mórmon — o testemunho enviado ao mundo sob a sua assinatura e encontrado no início daquele livro. Seu testemunho foi baseado num sonho, foi imaginação da sua cabeça, foi uma ilusão, um mito? Diga-me sinceramente."
Indagar-lhe daquela maneira pareceu ter tocado Oliver profundamente. Ele não disse uma palavra, mas levantou-se de sua poltrona, foi até a estante de livros, pegou um Livro de Mórmon da primeira edição, abriu no depoimento das Três Testemunhas e leu da maneira mais solene as palavras as quais subscreveu seu nome aproximadamente 20 anos antes. Olhando para o meu pai, disse: “Jacob, quero que lembre o que vou lhe dizer. Estou morrendo e de que me aproveitaria mentir para você? Eu sei”, disse ele, “que este Livro de Mórmon foi traduzido pelo dom e poder de Deus. Meus olhos viram, meus ouvidos ouviram e meu entendimento foi tocado e eu sei que isso de que testifico é verdade. Não foi um sonho, nem uma vã imaginação da minha mente — foi real.”
Então meu pai lhe perguntou sobre o anjo sob cujas mãos havia recebido o sacerdócio, ao que lhe respondeu assim: "Jacob, eu senti a mão do anjo sobre a minha cabeça tão claramente como poderia sentir a sua e pude ouvir a voz dele como agora ouço a sua."
Então meu pai lhe fez esta pergunta: "Se tudo o que me diz é verdade, por que se afastou da Igreja?" Oliver só deu esta explicação: ele disse: "Quando me afastei da Igreja, senti-me iníquo, senti como se estivesse derramando sangue, mas já superei isso tudo hoje."
Estado de Utah, Condado de Salt Lake, ss. Jacob F. Gates, de Salt Lake City, Utah, sendo primeiro devidamente empossado, depõe e diz que ele é um cidadão dos Estados Unidos, da idade de cinquenta e sete anos, e que é filho de Jacob Gates, que, antes de sua morte, relatou ao declarante uma conversa que teve com Oliver Cowdery, na cidade de Richmond, Estado de Missouri, e que o que precede acima é uma afirmação verdadeira e correta da referida conversa como relatado a ele por seu pai.
JACOB F. GATES.
Subscrito e jurado diante de mim no dia 30 de janeiro de 1912. ARTHUR WINTERS, Notário Público.
Minha comissão expira em 3 de dezembro de 1915.[4]

O Instituto A. Maxwell Neal responde a estas questões

Scott H. Faulring,"The Return of Oliver Cowdery", The Disciple as Witness, (2000)


No domingo, 12 de novembro de 1848, o apóstolo Orson Hyde, presidente do Quórum dos Doze e o oficial presidente da Igreja em Kanesville-Council Bluffs, entrou nas águas geladas de Mosquito Creek1, perto de Council Bluffs, Iowa, e tomou o Segundo Elder do Mormonismo, que se desviara, pela mão para rebatizá-lo. Algum tempo depois disto, o Elder Hyde impôs suas mãos sobre a cabeça de Oliver Cowdery, confirmando-o de volta à sua condição de membro e reordenando-o um Elder no Sacerdócio de Melquisedeque.2 O rebatismo de Cowdery culminou seis anos depois de seu desejo e esforços prolongados, encorajados pela liderança mórmon em fazer acontecer sua tão buscada e muito ansiosamente esperada reconciliação. Cowdery, reconhecido como uma das Três Testemunhas do Livro de Mórmon, um dos dois a receber o poder do scerdócio, e um membro fundador de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, passou dez anos e meio afastado da igreja depois de sua excomunhão em abril de 1838.


Oliver Cowdery quis sua refiliação à igreja que ajudou a organizar. Seus apelos penitentes para reassociar-se aos santos foram evidentes pelas suas cartas pessoais e ações desde 1842. Oliver compreendeu a necessidade de rebatismo. Ao se sujeitar ao rebatismo pelo Elder Hyde, Cowdery reconhceu as chaves do sacerdócio e a autoridade da Primeira Presidência, sob a liderança de Brigham Young, e dos Doze.
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Para mais informações relacionadas a este tópico

  1. Richard Lloyd Anderson, Investigating the Book of Mormon Witnesses (Salt Lake City: Deseret Book Company, 1981), 57. ISBN 0877478465.
  2. George Q. Cannon, "The Abundant Testimonies to the Work of God, Etc.," Journal of Discourses 22:254.
  3. Predefinição:Book:Ricks:Case of Book of Mormon Witnesses
  4. Improvement Era 15. 5 (Março de 1912)