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O Livro de Mórmon/José como autor e proprietário
Por que Joseph Smith é listado como "autor e titular" no Livro de Mórmon?
Perguntas e respostas detalhadas
Por que Joseph Smith é listado como "autor e titular" da edição de 1830 do Livro de Mórmon, em vez de "tradutor"?
A lei de direitos autorais, em 1830, em Nova York, onde o Livro de Mórmon foi publicado pela primeira vez, previa a concessão de direitos de autor para "autores e titulares", mas não ofereciam o mesmo direito para tradutores
Joseph Smith é listado como o "autor e titular" na edição de 1830 do Livro de Mórmon. Os críticos da Igreja consideram isso como evidência de que Joseph escreveu o livro por si mesmo. No entanto, a fim de garantir os direitos de autor, Joseph teve de se identificar como o "autor e titular." Como um historiador observou:
O fato é que Joseph Smith estava cumprindo a lei federal (ver I Statutes 124, 1790, emendado pelo 2 Stat. 171, 1802), que ditava as palavras que o escrevente distrital tinha que utilizar quando uma pessoa solicitasse direito de autor sobre um livro. Pode ser demonstrado historicamente que muitos tradutores, incluindo aqueles que produziram a edição de 1824 da versão de King James da Bíblia, foram listados como "autor" para estar em conformidade com esta lei.[1]
A primeira edição do Livro de Mórmon continha uma transcrição da proteção de direitos de autor tornando isso claro:
Distrito Norte de Nova York, a saber: QUE SEJA LEMBRADO, de que no décimo primeiro dia de junho, no quinquagésimo terceiro ano da Independência dos Estados Unidos da América, 1829 D.C., JOSEPH SMITH, JUN., do referido distrito, tem depositado neste escritório o título de um livro, o direito do qual ele reivindica como autor, nas seguintes palavras, a saber: "O Livro de Mórmon: relato escrito pela mão de Mórmon em placas extraídas das Placas de Néfi. É, portanto, um resumo do registro do povo de Néfi e também dos lamanitas; escrito aos lamanitas, que são um remanescente da casa de Israel; e também aos judeus e aos gentios; escrito por mandamento e também pelo espírito de profecia e de revelação. Escrito e selado e escondido para o Senhor, a fim de que não fosse destruído; para ser revelado pelo dom e poder de Deus, a fim de ser interpretado; selado pela mão de Morôni e escondido para o Senhor a fim de ser apresentado, no devido tempo, por intermédio dos gentios; para ser interpretado pelo dom de Deus. Contém ainda um resumo extraído do Livro de Éter, que é um registro do povo de Jarede, disperso na ocasião em que o Senhor confundiu a língua do povo, quando este construía uma torre para chegar ao céu. Destina-se a mostrar aos remanescentes da casa de Israel as grandes coisas que o Senhor fez por seus antepassados; e para que possam conhecer os convênios do Senhor e saibam que não foram rejeitados para sempre: e também para convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifesta a todas as nações. E agora, se há falhas, são erros dos homens; não condeneis portanto as coisas de Deus, para que sejais declarados sem mancha no tribunal de Cristo. - Por Joseph Smith. Jun. Autor e Titular." Em conformidade com o ato do Congresso dos Estados Unidos, intitulado "Um ato para o encorajamento da aprendizagem, garantindo as cópias de mapas, gráficos e livros, para os autores e titulares de tais cópias, durante os tempos nele mencionados;" e também o ato, intitulado, "Um ato suplementar a um ato, intitulado "Um ato para o encorajamento da aprendizagem, garantindo as cópias de mapas, gráficos e livros, para os autores e titulares de tais cópias, durante os tempos nele mencionados, e estendendo os benefícios mesmo para as artes da concepção, gravação, e gravura histórica e outras impressões. " R. R. LANSING Escrevente do Distrito Norte de Nova York
O Estado de Nova York teria rejeitado registro de direitos autorais se tivesse sido atribuído a "Deus" ou "ao anjo Moroni" como o "autor e titular"
Não seria prudente se Joseph Smith submetesse o livro para o registro de direitos autorais e o atribuísse a "Deus" ou "ao anjo Moroni" como o "autor e titular". Esta reclamação não é um problema grave, mas meramente um esforço para encontrar falhas. Além disso, a edição de 1830 também afirma que o livro era uma tradução de registros antigos.
A edição de 1830 do Livro de Mórmon identifica claramente Joseph Smith como o tradutor da obra
Repare no primeiro parágrafo do formulário de direitos autorais acima que, mesmo que Joseph Smith tenha legalmente reclamado para si o direito de "autor", ele insere também informações que deixavam claro o fato de que o texto havia sido originado de um "resumo" antigo e escrito anteriormente, que foi trazido ao mundo moderno "pelo dom e poder de Deus" e através de um ato de "interpretação" ou tradução. Também deve ser salientado que, no prefácio da edição de 1830 do Livro de Mórmon, o Profeta Joseph Smith designou a si mesmo como o "autor", mas também indicou nada menos que seis vezes que ele era o tradutor do texto. Da mesma forma, isso pode ser obsevado no testemunho das Oito Testemunhas, na edição de 1830, que Joseph Smith é chamado de "autor e titular deste trabalho", mas também é dito que ele "traduziu" as placas de ouro a fim de obter o texto do Livro de Mórmon.
Notas
- ↑ Kenneth H. Godfrey, "Not Enough Trouble, review of Trouble Enough: Joseph Smith and the Book of Mormon by Ernest H. Taves and Joseph Smith and the Origins of the Book of Mormon by David Persuitte," Dialogue: A Journal of Mormon Thought 19 no. 3 (Fall 1986), 143.