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Os fragmentos dos papiros de Joseph Smith datam de um período posterior a Abraão.
Estudiosos identificaram os fragmentos de papiro como partes de textos funerários comuns que eram depositados com os corpos mumificados. Estes fragmentos datam de entre o século III a.c e do primeiro século d.c, muito tempo depois de Abraão ter vivido.(Clique aqui para obter o artigo completo (Inglês))
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Joseph Smith, ou talvez um assistente da loja de impressão em Nauvoo, introduziram a tradução publicada dizendo que os registros foram, "escritos por sua própria mão [de Abraão], em papiro." A frase pode ser entendida no sentido de que Abraão é o autor e não o copista literal.
Se alguém aceita ou não que a frase "por sua própria mão no papiro" é uma redação antiga ou moderna do texto, de algumas coisas são certas. [1]
Primeiramente, se a frase era uma parte do antigo título do texto, então não há nenhuma justificação das evidencias de egiptologia de que a frase requer uma natureza holográfica dos papiros. Os antigos egípcios que usaram essa frase ou outras como ela, nunca determinaram que as mesmas fossem vistas como reivindicações holográficas.
Em segundo lugar, se a frase é uma redação do texto no século 19, então, esta não é uma questão relativa a autenticidade do Livro de Abraão, mas sim, da presunção de Joseph Smith e seus associados. Se Joseph Smith de fato abrigava tais hipóteses, isso não tem nada a ver com a autenticidade do próprio Livro Abraão em si. Da mesma forma, a menos que possa se mostrar(provar) que as visões de Joseph Smith em relação a natureza da autoria dos papiros vieram por meio de revelação, então não se pode colocar o Profeta em um nível impossível de perfeição (um nível que o profeta nunca estabeleceu para si mesmo) e criticá-lo por simplesmente fazer o que os seres humanos fazem; ter opiniões e especulações.
Em terceiro lugar, se a frase "por sua própria mão no papiro" é uma redação do século 19 e se Joseph Smith assumiu a natureza holográfica do papiro, então, é tudo uma questão de suposição. Se alguém acredita que os profetas devem estar certo em tudo, ou eles serão falsos profetas, então essa hipótese reflete apenas os pensamentos e base de conhecimento da pessoa que tenha a tal suposição. O mesmo para aqueles que não detêm tal suposição e reconhecem a falibilidade dos Profetas. Devemos, portanto, ter o cuidado de não impor as nossas próprias suposições sobre essas figuras do passado que podem não ter compartilhado dessas mesmas suposições ou critérios.
Em cada um desses três casos, a frase "por sua própria mão no papiro" não pode ser usado como prova contra a autenticidade do Livro de Abraão.
Quando o Profeta Joseph Smith publicou as primeiras partes do Livro de Abraão em 1842, a legenda do Times and Seasons estava escrita da seguinte forma:
Kirtland Egyptian Paper (KEP) - A1 também tem o seguinte título:
“Tradução do Livro de Abraão escrito por sua própria mão em papiro e encontrado nas catacumbas do Egito".[3]
A frase "por sua própria mão em papiro" tem atraído uma série de observações de investigação. Críticos alegam que a frase "por sua própria mão em papiro" deve estar indicando necessariamente que Joseph Smith pensou que o papiro que ele obteve foi escrito pela mão do próprio Abraão. O problema, no entanto, é que o papiro não data a época de Abraão. Os críticos argumentam que este é, portanto, outro ponto contra Joseph Smith e a autenticidade do Livro de Abraão.
Eruditos SUD têm abordado esta questão a partir de uma série de perspectivas. Este artigo mostra duas abordagens apologéticas SUD subjacentes que avançaram na avaliação do significado desta frase no título do Livro de Abraão. Independentemente de qual abordagem é correta, está claro que as hipóteses dos críticos da autenticidade do Livro de Abraão são infundadas a este respeito.[4] Qualquer uma das opções resolve o problema; ambas teriam que ser insustentáveis para os críticos terem um caso.
Hugh Nibley, escrevendo em 1981, sugeriu que "a declaração", escrito por sua própria mão em papiro"... é na verdade parte do título original egípcio: "chamado o Livro de Abraão, escrito por sua própria mão em papiro“ Esse foi o próprio título de Abraão. Isso é importante, uma vez que um grande mal-entendido surgiu a partir da suposição de que os papiros de Joseph Smith foram o rascunho original do livro de Abraão, seu próprio trabalho manual". [5] Nibley, citando-se a partir de um artigo anterior [6], continua a explicar o seguinte, reproduzido na íntegra aqui:
Assim, de acordo com essa linha de raciocínio, considerando como os antigos egípcios viam a natureza de seus textos, ou seja, que não havia nenhuma diferença real entre um original e uma cópia, mas simplesmente uma renovação do texto original, a expressão "por sua própria mão em papiro “ não precisa justificar o pressuposto de que o texto é holográfico em sua natureza.
Dois apologistas SUD, Russell C. McGregor e Kerry Shirts, têm igualmente demonstrado que a expressão "por sua própria mão" no pensamento egípcio tem um paralelo com a visão israelita da natureza de seus textos sagrados. Eles observam que "é evidente a partir da leitura da Bíblia hebraica que a frase por sua própria mão é um beyadh, expressão hebraica, que significa" pela autoridade de", como podemos ver claramente no texto Stuttgartensian hebraico que Kohlenberger traduz. Ele apresenta Êxodo 9:35 como "assim como o Senhor disse por meio de Moisés," enquanto o hebraico tem beyadh, que significa "pela mão de." É claro que foi a mão de Deus - a autoridade de Deus, que levou Moisés contra o Faraó, isto é, pela autoridade de Deus. Embora nós não a obtemos dessa forma no Inglês, o hebraico definitivamente tem "pela mão de".[8]
McGregor e Shirts continuam a explicar que "em 1 Samuel 28:15, vemos outro exemplo - a tradução em Inglês diz que Deus não apareceria a Saul nem pelos profetas nem por sonhos. No hebraico, novamente encontramos o beyadh, "pela mão de", ou em outras palavras, pela autoridade do profeta de Deus. Em outras palavras, Abraão não pode mesmo nem ter tocado os documentos que levam seu nome, justamente aqueles que caíram nas mãos Joseph nos anos de 1830 e poucos, uma vez que Abraão poderia tê-los comissionados e escritos para ele. Apesar de tudo isso, os documentos ainda teriam a sua assinatura, uma vez que foram autorizados por ele, "por sua própria mão", apesar de que um escriba poderia ter escrito, em vez de Abraão." [9]
Assim, de acordo com pesquisadores SUD como Nibley, McGregor e Shirts, não se precisa assumir que a frase "por sua própria mão" indica a natureza holográfica do Livro de Abraão. Como o professor John Gee nos lembra, há uma diferença entre a data de um texto e a data de uma cópia de um texto. [10] As duas não são a mesma. Assim, embora a data do texto do Livro de Abraão poderia ter datadora da época de Abraão,[11] a cópia do Livro de Abraão recebida por Joseph Smith poderia ter uma cópia de mais tarde datada da era ptolomaica.[12]
Críticos zombam desta sugestão. Eles insistem que a frase "por sua própria mão em papiro" deve estar absolutamente declarando que Abraham literalmente escreveu no papiro que Joseph Smith possuía. Da mesma forma, eles questionam se a frase "por sua própria mão em papiro" pode até ser lida como sendo uma parte do antigo título do texto, como proposto por Nibley, uma vez que não é capitalizada como "o Livro de Abraão” no titulo.
No entanto, estas críticas são problemáticos por várias razões. Deve-se lembrar que não havia o padrão de se colocar letra maiúscula nas cartas em egípcio como no Inglês. Assim, se a frase era uma parte do texto antigo, o título seria algo mais parecido com o seguinte: "O Livro de Abraão escrito por sua própria mão em papiro". O uso de letra maiúscula e a pontuação teriam sido o trabalho dos escribas do século 19, que poderiam não ter percebido que esse era o título inteiro e, portanto, não apenas a parte do titulo "Livro de Abraão" em letra maiúscula já que assim era mais familiar na compreensão do século 19. [13]
Além disso, críticos também exigem que a frase "por sua própria mão em papiro" pode não significar nada, mas que o Livro de Abraão afirma ser uma holografia de Abraão. Tal argumento, no entanto, nada mais é do que uma falácia presentista quando analisados à luz das evidências de Procedimentos de Egiptologia. Não é uma questão de o que os críticos modernos pensam, mas sim do que os antigos egípcios pensavam.
Em 2007, o professor Gee publicou um artigo no Procedimentos do IX Congresso Internacional de egiptólogos. Nele, o Dr. Gee explorou se os antigos egípcios consideravam seus textos sagrados serem divinamente escritos ou não. Em referência ao conto de Setne, Dr. Gee observa que "neste texto, o livro é dito ser escrito" por sua própria mão" em papiro, que não devem ser levado como uma indicação de nada mais alem do que de autoria". [14]
Esta evidência recém-publicada reforça a declaração apologética SUD de que a frase "por sua própria mão em papiro" não precisa ser interpretada no sentido de uma natureza autográfica do texto. Como argumentado por Nibley e Shirts, pode ser meramente indicativo de atribuir a autoria a Abraão. É possível que a frase, ate mesmo todo o título, tenha sido redigida por um escriba copista do segundo século trabalhando com o texto, assumindo que, como argumentado pelo professor Gee, houve de fato uma parte do papiro que continha um texto como o Livro de Abraão. Considerando a natureza dos textos egípcios, como explicado por Nibley, que poderia não ter sido fora do lugar para um egípcio, ou, como Kevin Barney argumentou, [15] para um redator judaico do texto inserir a frase. E se esse for o caso, a partir da perspectiva do antigo Egito a frase não poderia indicar automaticamente uma natureza holográfica do texto.
Se Nibley está incorreto ao sugerir que a frase "por sua própria mão em papiro" era uma parte do título original do texto antigo, então a frase é uma redação do século 19 ou feita por Joseph Smith, ou os pelos dois escribas em cuja caligrafia os documentos estavam escritos, em outras palavras, W.W. Phelps e Willard Richards, respectivamente. Isso é reforçado, como mencionado anteriormente, com a adição da frase "e encontrado nas catacumbas do Egito" que aparecem em KEPA 1. É óbvio a partir dos dados históricos que Joseph Smith e os primeiros irmãos consideravam os manuscritos de Horos ser a fonte do Livro de Abraão (embora não, como é alegado pelos críticos, necessariamente o texto do Livro das Respirações). Parece provável que os primeiros irmãos, quando trabalhavam com o papiro, teriam assumido uma natureza holográfica do papiro. Em outras palavras, eles deviam ter pensado que o próprio Abraão escreveu fisicamente no papiro em sua posse. Como Michael Ash explicou, "parece razoável concluir que Joseph pode ter concluído que o próprio Abraão, com a caneta na mão, escreveu aquelas palavras que ele estava traduzindo ... Joseph, por meio de revelação, viu que os papiros continham os ensinamentos das escrituras de Abraão e que teria sido natural, portanto, supor que Abraão escreveu o papiro ". [16]
O falecido Luke Wilson, do Instituto de Pesquisas Religiosas anti-Mórmon chegou a conclusões semelhantes, ainda que para fins mais polêmicos contra os Santos dos Últimos Dias. Depois de fazer o seu caso de que Joseph Smith afirmou ser a tradução de um livro holográfico de Abraão, Wilson conclui que "o peso das evidências a partir do testemunho de Joseph Smith e seus contemporâneos está claramente" a favor dos mesmos. [17]
Se estas afirmações estão corretas, [18] então isso explicaria por que Joseph Smith e seus colegas incluíram a frase "por sua própria mão em papiro” no titulo do manuscrito do texto. Eles teriam pensado exatamente isso, ou seja, que o próprio Abraão escreveu o texto que Joseph Smith estava traduzindo. Neste caso, então, a frase "por sua própria mão", poderia, no entanto, ser interpretada no sentido mais literal possível.
Além disso, se de fato a frase é uma redação no século 19, então o próprio Livro de Abraão não estaria alegando uma natureza autográfica. Essa seria uma suposição sobre o Livro de Abraão pelos irmãos do século 19, que inseriram a frase. Sem base nenhuma em qualquer evidência no texto em si, podem os críticos condenar o Livro de Abraão declarando-o como de uma natureza holográfica?
Mas é preocupante que Joseph Smith e seus contemporâneos possam ter presumido uma natureza autográfica do texto? Isso depende das suposições de alguém. Se alguém está inclinado a uma hipótese fundamentalista (que também é uma suposição presentista) sobre os profetas, ou que os profetas devem estar 100% certo 100% do tempo, ou então eles não são profetas de jeito nenhum, então pode-se citar isso como evidência da fraude de Joseph Smith. Se alguém acredita que os profetas sempre devem estar certo para que não comprometa a sua vocação profética, então isso é problemático para Joseph Smith.
No entanto, a fim de estabelecer que as habilidades proféticas de Joseph Smith são frustradas ou questionáveis por esta sua possível suposição, é preciso primeiro que alguém cite evidências de que a compreensão de Joseph Smith da natureza do papiro (ou seja, se é ou não datada do tempo de Abraão) vieram através de revelação ou meios divinos. Só então alguém pode questionar Joseph Smith. Seria uma loucura criticar Joseph, o Profeta Joseph quando meramente o especulador ou o Joseph presunçoso estava falando. Se o Profeta Joseph Smith nunca afirmou em maneira profética ou por revelação que sabia que o papiro era uma holografia de Abraão, então não se pode atacá-lo por uma posição que ele nunca tomou.
Se, por outro lado, o Profeta baseava sua crença em uma natureza holográfica do papiro sobre a suposição ou pensamento puramente humanos, então é necessário dizer que o Profeta teve uma suposição equivocada. Como Michael Ash demonstrou prolongadamente, Profetas, especialmente aqueles da tradição SUD, nunca declararam infalibilidade. Se alguém reconhece o fato de que Joseph Smith nunca declarou infalibilidade ou onisciência, e não carrega tal suposição fundamentalista sobre a natureza dos profetas, então tudo isso é muito alvoroço para nada. Voltando ao artigo de Ash:
Agora, esta questão é muito semelhante ao da geografia do Livro de Mórmon. É muito provável que Joseph Smith acreditava em um livro de Mórmon com geografia hemisférica - fazia sentido na sua compreensão do mundo à sua volta. Tal crença mal informada ou crença provavelmente mal informada, do acordo com a ciência moderna, não faz dele menos profeta. Simplesmente nos fornece um exemplo de como Joseph, como qualquer outro ser humano, tentou compreender novas informações de acordo com seu conhecimento na época. Assim, da mesma forma, com os papiros Abraãmicos. [19]
Além disso, os próprios pressupostos de Joseph Smith ou pensamentos sobre se o papiro era de natureza holográfica ou não é independente da autenticidade do Livro de Abraão em si. Independentemente do que Joseph Smith ou outros podem ter pensado da natureza do texto (se é holográfico ou não) o mesmo, não tem quaisquer implicações no que o texto em si de fato declara, ou se Joseph Smith foi capaz de realmente traduzir o mesmo pelo dom e poder de Deus.
Assim, toda a questão gira em torno de suposições sobre Profetas do que o próprio livro de Abraão em si.
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